
São Pedro de Alcântara
1º Padroeiro do Brasil

Mensagem de São Pedro de Alcântara
01/11/2013
Ó Povo brasileiro, povo do Meu amor ganhadores sem receio de longe do amor que tenho por vós , Eu Sou Pedro de Alcântara e venho a primeira vez a este solo dar a Minha Mensagem publica.
Os Meus olhos rejubilam o brilho da gloria de Deus por que Me faço presente hoje, onde a Santa igreja comemora todos os santos para falar-vos também do Meu amor por cada um de vocês. Descendentes do Meu amor, discípulos da misericórdia de Deus, e do aconchego dos braços dos Santos.
Eu Pedro, primeiro padroeiro brasileiro que adentrou este solo santo escolhido por Maria Santíssima a ser chamado catedral da fé. Venho a vós a Ti Meu povo pedir vós que conheçam mais a Minha vida e que intercedam por Mim e façam a Mim os vossos pedidos nas horas de suas angustias, Eu Pedro tanto vos amo e tanto vos quero amar, mais é necessário que relembrem a Minha vida que estudem os Meus manuscritos, para que compreendeis um pouco mais de Mim.
Sei bem que muitos de vocês rezaram a Santíssima virgem para que Eu pudesse Me manifestar e dar-te as Minhas Mensagens, o céu inteiro se faz em festa porque ainda no meio de vós o pais mais religioso de todos os hemisfério, reza Comigo e atende prontamente as mensagens e apelos da Virgem.
Vede todos vós quanto Eu vos amo , quanto Eu vos quero, quanto Eu Desejo participar das vossas vidas de estar presente também aqui em Ferraz de Vasconcelos com esta Minha pequena muito amada, a quem Me revelei e Me revelarei muitas outras vezes e que desejo inspirar em seu coração uma verdadeira adoração por Jesus Eucarístico,por Maria Santíssima e por São Jose.
Desejo fazer que os vossos corações compreendam a grandeza de se servir a Deus, desejo infundir em vossas almas uma chama ardente de servidão a Deus de forma que jamais será tirada de vós nesta ou na outra vida fazendo assim com estas labaredas de amor, queimando em vossos peitos em vossas almas arderem de paixão por nosso Senhor que não se apartem Dele nunca, chamais nem por qualquer sedução do mundo ou por qualquer tentação do demônio.
Muitos de vocês se afastam de Deus nos momentos de crises, de sofrimento, e de solidão. Mas Eu digo a vós, que isto é para vocês Meus irmãos, Meus amados e caríssimos, um estado humano, um momento humano que nada mais é que expiação do pecados de vossas almas para que por fim um dia estejam prontos para compreender os mistérios da gloria de Deus e dela participar.
Eu Pedro de Alcântara estou muito feliz por estar aqui no meio de vós. Sei que muitos Me esperavam no mês passado onde igreja a em alguns lugares ainda celebra a Minha memória, porem nessa terra que tanto amo, terra de santa Cruz já fui esquecido a muitos e muitos séculos atrás. Já não sou conhecido e se não fosse assim, se fosse diferente eu teria conseguido ao Brasil inúmeros benefícios, inclusive o desfavorecimento ao aborto. Não haveria neste solo, nas mãos do Brasil o sangue inocente, por isso Me faço necessário no Meio de vós. Desejo ser conhecido para que junto de Maria Santíssima e de São José, Eu possa interceder por vós cada dia mais, por que revelo a vós que o Brasil sofrera muito, muitos castigos, ainda virão por tanta corrupção, por tanta ganância, por tanta separação da igreja católica, há uma grande ramificação de seitas, que infelizmente separara ainda muito mais a nossa santa igreja.
Os homens com seu tamanho egoísmo pensam apenas nos lucros e no dinheiro nas vantagens e esquecem do seu espiritual, esquecem do seu padecimento na outra vida ou mesmo da sua condenação, muitos não temem o inferno porque já fazem parte do inferno, muitos não temem a Deus, não sentem por Deus o santo temor que deveriam sentir, por que não creem em Deus, porque não creem em si mesmo, não creem na salvação e na vida eterna. Estas almas, padeceram eternamente nas chamas, que nunca terá fim, enganam–se almas que podem enganar a Deus, estas enganam –se a si mesmas, sem conhecer ao certo o que vos aguarda estes corpos serão postos a sepulturas e comidos pelos vermes e as suas almas não será diferente disso, conheceram sofrimentos tão inimagináveis que o seus ossos mesmo em alma sofreram rigores tenebrosos e ai haverá somente lamentações, blasfêmias e desordem.
Por isso pedi a Deus Eterno e a Virgem santíssima que Eu pudesse Me manifestar a vós para alerta-vos do perigo que corre as vossas carnes e as vossas almas, sim pequeninos irmãos porque o martírio que vos aguarda não afetara e afligira somente as vossas almas, mais começara pela corrupção dos vossos corpos, muitas almas os vossos olhos ainda verão a corrupcencia nos seres vivos e muitos serão entes de vós mesmos, parentes e familiares de vós mesmos, porque não buscaram a conversão antes do dia do aviso.
Quando o aviso a vós chegar já será tarde de mais e o sofrimento será algo tão tenebroso, tão assustador que muitos de vocês cometerão suicídio, provocarão chacinas, massacres, guerras e muito mais. No dia do aviso as almas andarão perdidas sobre a terra angustiadas e lamentosas por aquilo que não fizeram em vida, pela sua conversão, pela sua volta a Deus, as almas andarão pelas terras, gritando, uivando pedindo aos outros ainda vivos que convertam-se , que convertam-se para que não sofram na alma como aqueles sofrem.
Povo brasileiro vós que sois tementes e fiéis ouvi a Minha mensagem e a Mensagem da Santíssima Virgem para que as vossas almas não se perdão na danação eterna. Rezai especialmente sobre a santa igreja, para que logo venha a vós o triunfo dos 3 Corações Unidos, para que a vós venha o triunfo do Reino Eucarístico de Nosso Senhor Jesus Cristo que muito é blasfemado neste sacramento , rezai, rezai. Apreendei de vossos Patriarcas a confiar em Deus, a esperar em Deus, em viver por Deus o que espera as vossas vidas alem desta vida se não a vida eterna.
Peço vos como gratidão que rezais o santo terço todos os dias e sobre tudo neste tempos difíceis a Pedro que esta sentado, fidelíssimo as vontades do céu rezai pelos bispos, rezai pela santa igreja, rezai por cada paróquia ou comunidade das vossas famílias, das vossas cidades da vossa nação é fazendo uma só igreja que vira o triunfo, fora da Igreja Católica Santa e Apostólica de Deus, de Nosso Senhor Jesus Cristo não haverá redenção para os homens.
Buscai almas, buscai almas antes do aviso. Eu Pedro tanto vos amo Meu povo, Meus irmãos abençoo vos a todos Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
Mensagem de São Pedro de Alcântara
23/05/2014
Terra de Santa Cruz, novamente venho a vós com o coração repleto de saudade e de amor por cada um dos Meus filhos. A quanto tempo desejei estar novamente convosco para pedir e agradecer as vossas orações, agradecer todo entusiasmo na propagação e na devoção a Mim, a Minha santidade, a Minha benevolência, a Minha intercessão por vós Meu povo brasileiro aqui no céu.
Eu Pedro de Alcântara vosso primeiro irmão tanto tenho vos amado que pedi ao Meu Pai, que Me enviasse novamente sobre esta terra, sobre esse Meu chão que tanto amo para pedir mais orações por vós mesmo.
O Brasil vive um período comunista, um período de guerra civil, um período de perigos, de armadilhas e ciladas. Os filhos de Deus não dormem seguros. Os filhos de Deus são perseguidos nas ruas e até mesmo dentro de vossos lares. Os filhos de Deus são repreendidos até mesmo dentro dos templos santos e assim Meus filhos por falta das orações este tempo se estendera muito mais a vós.
A Mãe Santíssima, a Senhora das Senhoras, a Virgem das virgens veio a vós e pediu que rezassem muito o Rosário especialmente a este três meses que se aproximam. Este tempo em que vivem é um tempo de lamentação, de agitação e de violência, mas a oração fiel e fervorosa será para vós o escudo da vossa proteção para que nada vos abale, nada vos afete, nada vos corrompa. Portanto Eu vim para vós reforçar mais uma vez o pedido da Minha Mãe, da Vossa Mãe e Mãe de Deus para que rezem continuamente, incansavelmente o santo Rosário.
Meu povo brasileiro o braço de Deus esta sobre as vossas cabeças, a ira de Deus, a cólera de Deus esta sobre vós até mesmo o justo será levado. Não falo isso Meus filhos para preocupar os vossos corações, mas pelo amor, pela vossa amizade que vos tenho, por tudo ainda que vos aguarda, que venho.
Rezai, pedi a Minha intercessão, pedi nas vossas orações que Eu, Pedro de Alcântara, primeiro Padroeiro do Império brasileiro possa estar convosco nas vossas dificuldades, nas vossas tribulações que a de ser muitas, muito ainda será piorado e aqueles que são justos sofrerão ainda muito mais. Mas a benevolência do céu andara convosco, a companhia do céu será o vosso refugio e a vossa fortaleza, os Santos e Anjos do céu serão perseverantes convosco fieis e firmes, rochas sacramentadas no Senhor.
Almas de boa fé rezai, rezai, se possível jejuai também e oferecei o vosso jejum pelo Brasil, pelo destino que aguarda o Brasil. O Meu coração de irmão compadece de vós, mas a vós Eu faço a Minha promessa de estar sempre convosco quando as vossas línguas Me invocarem, quando os vossos corações Me chamarem Eu atenderei. Quanto mais me amares, Mais amarei o Brasil .
Ainda esta semana reforçarei este pedido em outro lugar, a outro vidente assim a devoção a Mim tornarar-se-á conhecida no Brasil inteiro, aquilo que a muito foi esquecido e abandonado devera ressurgir como o Sol que nasce atrás das montanhas transpondo de Luz as nuvens escuras, dissipando as trevas assim Me foi permitido pelo próprio Deus ressurgir no Brasil, como sinal poderoso de intercessão porque Eu vos amo, tenho por vós Santa cruz o Meu apresso, o Meu amor.
Eu Pedro de Alcântara vosso irmãos abençoo e os beijo agora em Nome do Pai, em Nome do Filho e em Nome do Espírito Santo. Desejo Meus irmãos que a Paz reine sobre o Brasil.
Mensagem de São Pedro de Alcântara
17/10/2014
Meus filhos, Eu Pedro de Alcântara mais uma vez me faço presente em meio a vós, para dar-vos as Minhas mensagens, alerta-los do perigo que corre a Minha Santa e amada Terra de Santa Cruz.
Ó povo brasileiro, ó Meus filhos e Meus devotos onde já conquistaram o Meu coração desde o inicio por que a Amadissima Santíssima Virgem Maria aqui lhes pois os olhos e ai pairou a misericórdia e a grandeza do céu.
Por meio deste amor que Maria Santíssima tem a vós, tem vós ganhado também o Meu amor e o Meu Coração e por meio deste amor fraternal, da Minha parte materno por parte de Maria Santíssima Rainha de todos os Santos e Mártires, tenho Eu vós como o Meu povo e quero ser para vós o vosso padroeiro intercessor.
Este mês onde a Minha Igreja me celebra como Padroeiro do império brasileiro, venho a vós para primeiramente agradecer as grandes divulgações que tiveram de Mim, da Minha existência, da Minha permanência no Brasil e no meio de vós.
Grandes graças alcançou o Brasil por estes méritos, desta compaixão que tiveram os Meu filhos, com o Meu Coração, com a Minha sacerdotal, com a Minha vida humilde, singular mas repleta de amor e de caridade.
Ó Meus irmãos, Meu devotos e filhos da Minha alma, gerados do Meu coração, venho a vós pra ensinar-lhes o valor da oração, incansável e constante. É necessário que aprendam a praticar a caridade para que as vossas obras sejam reconhecidas no céu, pelos méritos da paixão do próprio Cristo, assim como Ele se doou como Cordeiro, que vocês aprendam a doar-se também por inteiro a Deus e ao teu próximo.
Que as orações sejam a sustentação, o alicerce para assegurar as vossas almas e alimentar os vossos Espíritos nas Horas de dificuldade, tribulação e perseguição que muito sofre o Meu povo e os Meus irmãos.
Aquele que reza é deveras perseguido, humilhado, escorneados, mas já é o vencedor, herdeiro do céu e da gloria de Deus.
Não vos abateis, nem esmoreceis nas dificuldades e nas tribulações, Eu, como Padroeiro do vosso império vosso amigo e vosso irmãos estarei sempre ao vosso lado vos amparando, vos corrigindo, vos acalentando, vos guiando e por vós e intercedendo junto a Deus e a Vigem Maria para que sempre sejam firmes e na serenidade com Deus.
Hoje onde a Igreja Me celebra, venho a vós dar a Minha benção repleta de amor agradecendo vos mais uma vez, por tornar o Meu nome já esquecido no Brasil, conhecido em alguns lugares. Desejo que esse amor por Mim aumente a cada dia mais e que se faça ainda mais muitas e muitas divulgações da Minha existência e da Minha intercessão.
Eu, Pedro de Alcântara vosso amigo e vosso irmão vosso Padroeiro Imperial abençoo a todos em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Que o Senhor permaneça convosco
História de São Pedro de Alcântara
Pedro Gavarito nasceu em Alcântara, na Espanha, em 1499, ano da publicação da Bula sobre as indulgências, que seria usada por Lutero como pretexto para sua rebelião contra Roma. De família nobre, seu pai era legista e prefeito da cidade.
Diz um seu biógrafo que “o menino tinha feições agradáveis, era vigoroso, de porte esbelto e bem servido de dons naturais. Retinha de cor um texto depois da primeira leitura, o que lhe permitia citar sem enganos o verso mais curto que fosse, da Bíblia”.(1)
Pedro estudou filosofia na Universidade de Salamanca. Apesar de estar na primeira adolescência, levava já vida de asceta. Dedicava a maior parte de seu tempo livre à oração, visita aos doentes e encarcerados, socorrendo os pobres com suas esmolas. Aos 15 anos, já era uma espécie de diretor espiritual de um grupo de condiscípulos.
O ano de 1515, que assistiu a primeira revolta de Lutero contra a Igreja e o nascimento de Santa Teresa, viu também a entrada de Pedro, aos 16 anos, num convento franciscano observante. Para isso, saiu escondido da família. A noite estava escura. No caminho encontrou largo rio. Encomendou-se a Deus, e um súbito vento, envolvendo-o, transportou-o para a outra margem. Esse foi o primeiro grande milagre dos inúmeros de que foi objeto esse filho de São Francisco.
Mortificação na fonte da santidade
Pedro estava determinado a tornar-se santo pela mais estrita observância das regras, silêncio heróico, e total desapego desde o primeiro instante de sua vida religiosa. Seu superior ajudou-o, provando-o de todos os modos. Por exemplo ordenando-lhe, mesmo estando ele em êxtase, durante a oração, a executar as mais desagradáveis tarefas.
Mas o pior era enfrentar o demônio do sono. Era só chegar o momento da oração em comum, que uma fadiga invencível o assomava. Como Frei Pedro confessará mais tarde a Santa Teresa, empreendeu ele uma heróica e tenaz luta contra o sono. E venceu-a graças às drásticas medidas que tomou: além da mortificação e jejuns contínuos, não concedia ao repouso mais que hora e meia; e assim mesmo, de joelhos, com o queixo apoiado em uma tábua; ou sentado, encostado na parede.
O demônio não se deu por vencido, e o perseguiu de outros modos. Já que não conseguia dominá-lo pelo sono, perseguia-o com ruídos e estrondos no pouco tempo dedicado ao descanso. Algumas vezes chegava a derrubar o frade no chão, quase sufocando-o. Em outras ocasiões atirava-lhe pedras, que seus condiscípulos encontravam em sua cela no dia seguinte.
Pregador fecundo e alta vida mística
Aos 25 anos, apesar de sua relutância, Frei Pedro foi ordenado sacerdote. Com ele, muitas vezes a obediência tinha que vencer a humildade.
Diz seu biógrafo que “a missa de Frei Pedro de Alcântara valia por uma missão. Podia-se apalpar a sublime familiaridade que o unia a Cristo”.
Recebeu ordens de pregar, e “todos se admiravam da profundidade de sua doutrina, do calor de sua palavra”, de sua “eloqüência máscula e robusta, toda embebida de Sagrada Escritura unindo estranhamente as graças das Bem-aventuranças com as chicotadas de João Batista”.
O “pior” para Frei Pedro era que Deus se comprazia em mostrar publicamente as graças que lhe concedia. Às vezes era arrebatado em êxtase, em plena rua, quando estava esmolando para o convento. Ou na igreja, em frente a todos seus confrades e fiéis. Isso, para ele, era o maior tormento.
Como São José de Cupertino, “às vezes uma só palavra o arrebatava de tal modo, que começava a lançar gritos ininteligíveis, saía fora de si, e ficava suspenso no ar”.(2)
Penitência na raiz da glória celeste
As terríveis penitências, disciplinas, jejuns e demais mortificações de Frei Pedro, transformaram-no quase que num esqueleto. Santa Teresa o descreve como feito de raízes de árvore. Ela mesma testemunhou o quanto essa penitência fora agradável a Deus, vendo-o, logo após a morte, subir ao céu em meio a um brilho fulgurante, dizendo-lhe: “Oh! bendita penitência, que me valeu tamanho peso de glória!”
Se Frei Pedro era penitente, não era por isso um santo tristonho; pelo contrário, detestava a tristeza: “alegrava-se nos bosques, nos cimos dos montes, à beira dos regatos límpidos. Os passarinhos, em seus alegres rodopios, vinham pousar-lhe sobre os ombros”. E Santa Teresa testemunha: “Com toda a santidade, ele era muito afável, embora falasse pouco quando não interrogado; mas, nas poucas palavras que pronunciava era muito agradável, porque tinha boa visão das coisas”.
A nobreza, submissa ao grande Santo
Frei Pedro fugia da fama, e a fama o perseguia. Seu renome chegou a Portugal, e D. João III o pediu como confessor. A obediência obrigou-o a aceitar. Transformou a Corte lusa em modelo de virtude. Ademais, foi incontável o número de fidalgos de ambos os sexos que tudo abandonaram para viver na mais extrema pobreza.
“A seu conselho, a rainha Catarina fez de seu palácio uma escola de virtude e de devoção. O Infante D. Luís, irmão do rei, mandou construir o convento de Salvaterra em seu favor, e nele se retirou para viver como o mais pobre dos religiosos, depois de ter vendido seus móveis e sua equipagem, pago suas dívidas e feito voto solene de pobreza e castidade”. E o santo teve que intervir para forçar o príncipe a moderar suas mortificações. “A infanta Maria, sua irmã, fez também voto de castidade e empregou todos seus bens no serviço de Nosso Senhor”,(3) construindo, por exemplo, o Hospital da Misericórdia e um convento de Clarissas. Além disso, foram inúmeros os nobres, tanto em Portugal quanto na Espanha, que entraram para a Ordem Terceira da Penitência, por sua influência: “A estamenha[tecido do hábito religioso] que ele usava era demais afamada para que os grandes nomes de Espanha não disputassem a honra de um pedaço sob o arminho, sob a seda ou sob a púrpura”.
O Imperador Carlos V e sua filha, a princesa Joana, quiseram-no como confessor; mas Frei Pedro soube recusar essa onerosa honra sem feri-los.
Padroeiro do Brasil
“Desde que Sua Majestade Real e Imperial recebeu, sob o nome de Pedro I .... a missão de governar e dirigir este povo .... esteve convencido .... e se persuadiu de que não poderia reger e administrar os negócios desta Nação, sem que antes se interessasse em ter um Padroeiro celestial que, por sua intercessão junto de Deus, lhe assegurasse os meios de bem agir, de bem dirigir e de bem administrar.
“Não foi necessário longa reflexão. Já pela devoção especial que ele tinha por São Pedro de Alcântara .... já por trazer, como imperador, o próprio nome do santo, ele decidiu escolhê-lo como padroeiro principal de todo o império .... [e] suplica a S.S. o Papa Leão XII que se digne com sua benevolência apostólica, confirmar a escolha”. Isso foi feito a 31 de maio de 1826.
É lastimável que essa festa, antes tão solenemente comemorada no Império, tenha caído no olvido com o advento da República, de modo tal que poucos são hoje em dia os brasileiros cientes de que São Pedro de Alcântara é o padroeiro de nossa nação.
Cfr. Pastoral Coletiva dos Arcebispos e Bispos das Províncias eclesiásticas de São Sebastião do Rio de Janeiro, Mariana, São Paulo, Cuiabá e Porto Alegre. Rio de Janeiro, 1911. Apêndice XXX, pp. 619, 620. In Frei Estefânio Piat, cuja citação bibliográfica da obra encontra-se na nota 1 da p. 20).
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Exímio Reformador de Ordens religiosas
No ano de 1538, o Capítulo dos Observantes descalços – que seguiam a regra primitiva – elegeu Frei Pedro de Alcântara como Provincial. Aproveitou ele para a reforma desse ramo franciscano, acrescentando maior severidade às regras e novos exercícios, dando maior facilidade àqueles que desejavam entregar-se ao recolhimento e à contemplação. Daí o nome que receberam de Franciscanos Recoletos.
Em breve sua reforma se difundiria pela Europa, estendendo-se aos confins da Índia e do Japão.
Trabalhou também para que se fundassem na Espanha conventos de Clarissas, reformados por Santa Coleta, e foi um dos maiores apoios à reforma de Santa Teresa de Jesus.
Sustentáculo de Santa Teresa de Jesus
Sóror Teresa de Jesus estava na maior desolação. Experimentando os mais elevados fenômenos da vida mística, não era compreendida por seus diretores, irmãs de hábito, nem pelo povo em geral, porque na Espanha do século XVI matéria religiosa era felizmente do interesse geral. Alertada por todo mundo, tinha receio de estar sendo vítima de ilusões e joguete do demônio.
Entrementes, Frei Pedro de Alcântara teve que ir a Ávila. Nas primeiras palavras trocadas com a carmelita, não só confirmou a origem divina de suas aparições como a incentivou a soltar velas à ação do Divino Espírito Santo.
Quando a Santa enfrentou a mais terrível oposição ao seu projeto de reforma, ele foi seu grande aliado, aplainando os obstáculos e levando-a à vitória.
Entre os dois santos estabeleceu-se uma amizade divina, que não terminou com a morte de Frei Pedro, profetizada por ela um ano antes.
“Eu o tenho visto muitas vezes com grandíssima glória”, escreve Santa Teresa. E “parece-me que muito mais me consola agora que quando estava aqui [na Terra]”.
Uma afirmação que é um incentivo para sermos mais devotos desse grande Patrono do Brasil: “Disse-me o Senhor uma vez, que não Lhe pediriam coisas em seu nome que Ele não atendesse. Muitas, que eu lhe tenho encomendado que peça[por mim] ao Senhor, as vi atendidas”.(4)
Bendita penitência que me valeu tão grande glória!
Fazia tempo que Frei Pedro de Alcântara vivia praticamente de milagre, consumido pelas penitências, jejuns e trabalhos. Devorado por uma febre e contrariando seus hábitos, aceitou um asno para ir até Ávila em socorro de Madre Teresa, que encontrara novas dificuldades para a fundação do seu primeiro mosteiro reformado.
Com um companheiro, pararam perto de uma estalagem. Com todos os incômodos da febre, o santo se estirou no chão, colocando o manto dobrado sobre uma pedra para lhe servir de travesseiro. Nisso surgiu a estalajadeira, injuriando-os aos gritos porque o asno entrara na sua horta, devorando algumas couves. Vendo que o frade se mostrava insensível às injúrias, a irada mulher puxou-lhe o manto colocado debaixo da cabeça. Esta bateu violentamente na pedra, causando profundo ferimento.
Mal momento escolhera a mulher, pois nesse instante chegou um fidalgo para encontrar-se com Frei Pedro, a quem tinha em conta de verdadeiro santo. Vendo-o com a cabeça sangrando, indignou-se contra a megera, ordenando incontinenti a seus homens que pusessem fogo à estalagem e passassem à espada seus moradores. Foi preciso que Frei Pedro usasse de todo seu dom de persuasão para evitar a catástrofe.
Sentindo que seu fim chegara, Frei Pedro pediu que o levassem para o convento de Arenas, onde saudou a morte com o Salmo: “Enche-me de alegria o saber que vou para a casa do Senhor”. Assistido por Nossa Senhora e São João Evangelista, entregou sua bela alma a Deus no dia 18 de outubro de 1562, aos 63 anos.
“Deus levou-nos agora o bendito Frei Pedro de Alcântara! exclamou Santa Teresa. “O mundo já não podia sofrer tanta perfeição”.(5)
Gregório XV o beatificou em 1622, e Clemente IX o elevou à honra dos altares em 1669.
Sentindo que seu fim chegara, Frei Pedro pediu que o levassem para o convento de Arenas, onde saudou a morte com o Salmo: “Enche-me de alegria o saber que vou para a casa do Senhor”. Assistido por Nossa Senhora e São João Evangelista, entregou sua bela alma a Deus no dia 18 de outubro de 1562, aos 63 anos.
São Pedro de Alcântara Rogai a Deus por nós!
Notas:
A História de São Pedro Foi retirada do Site:http://catolicismo.com.br/